O Banco Central (BC) informou, nesta segunda-feira (28), que analistas consultados pela instituição elevaram, pela quarta semana consecutiva, a projeção de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024, com a expectativa agora acima do teto da meta de 4,50%.
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Segundo o Boletim Focus, que reflete as expectativas do mercado para indicadores econômicos, a mediana das previsões para a inflação ao consumidor no Brasil subiu para 4,55%, contra 4,50% na semana anterior. Para 2025, houve um leve ajuste para 4,00%, em relação aos 3,99% projetados na semana passada.
A meta oficial de inflação, definida em 3,00% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, foi revista em meio à divulgação do IPCA-15 na última semana, que registrou alta de 0,54% em outubro, superando o avanço de 0,13% de setembro. Nos 12 meses até outubro, o IPCA-15 acumulou alta de 4,47%, em comparação com os 4,12% anteriores, conforme dados divulgados pela Reuters.
As expectativas de inflação também ressaltam as preocupações do mercado com o equilíbrio das contas públicas e a espera por medidas do governo para atender às regras do novo arcabouço fiscal. Em evento recente, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, reconheceu o cenário de piora nas projeções de inflação, que ele atribuiu a uma postura mais cautelosa do mercado em relação ao quadro fiscal.
A pesquisa semanal do Banco Central com economistas indicou ainda uma revisão na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, agora em 3,08%, frente aos 3,05% da semana anterior. Para 2025, a previsão de expansão da economia permaneceu em 1,93%.
Quanto à taxa Selic, as projeções mantiveram-se estáveis para o fim de 2024 e 2025, com a taxa básica estimada em 11,75% e 11,25%, respectivamente. No mercado de câmbio, o dólar deverá encerrar o ano em R$5,45, ante os R$5,42 estimados na última semana. Para 2025, a expectativa permanece em R$5,40.
*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro
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