Os fundos de índice, ou ETFs, mantêm desempenho positivo na B3 em 2024. Até setembro, o número de investidores aumentou 9,4%, alcançando 556 mil, enquanto o patrimônio líquido dos fundos registrou elevação de 4,3%, totalizando R$ 49 bilhões. O volume médio diário negociado também é expressivo, somando R$ 1,43 bilhão.
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ETFs oferecem uma alternativa prática e acessível para investidores interessados em diversificar suas carteiras em ativos nacionais e estrangeiros sem conhecimento detalhado dos setores. Atendendo a essa demanda, instituições financeiras têm ampliado a oferta de novos ETFs. O Banco Safra, por exemplo, lançou recentemente os ETFs SPUB1, que acompanha empresas estatais, e SPVT11, vinculado a empresas privadas. Disponíveis a partir de R$ 50, esses fundos permitem ao investidor acessar setores específicos do mercado com base em índices representativos.
A tendência de aumento nos ETFs, porém, é acompanhada de desafios. Empresas estatais brasileiras, foco de alguns desses ETFs, enfrentaram em 2024 o maior déficit em 15 anos, de R$ 7,33 bilhões entre janeiro e agosto. O valor representa crescimento de 334,7% no déficit em comparação a 2023, com contribuições de R$ 3,45 bilhões das estatais federais e de R$ 3,90 bilhões das estaduais. Esse cenário pode impactar negativamente o desempenho de ETFs com foco em estatais.
Além dos riscos associados ao setor público, a falta de familiaridade do investidor brasileiro com ETFs ainda limita o desenvolvimento do segmento no país. Diferente de mercados maduros, como o norte-americano, onde ETFs somam US$ 10 trilhões em transações, no Brasil o produto ainda enfrenta barreiras educacionais e taxas de administração elevadas, que impactam na rentabilidade final do investidor.
ETFs baseados em índices internacionais têm registrado desempenho mais favorável do que os vinculados ao mercado nacional. O IVVB11, que acompanha o índice S&P 500 dos Estados Unidos, valorizou 43% em 2024, enquanto o Ibovespa, referência para ETFs domésticos, registrou queda de 2% no mesmo período. Entre os setores com maior destaque no S&P 500 está a tecnologia, impulsionada por empresas como a Nvidia, líder em inteligência artificial.
*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro.
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