A integração de corporate venture capital (CVC) ganha tração no Brasil, unindo corporações estabelecidas e startups em busca de inovação estratégica e novas vantagens competitivas. Com o CVC, grandes empresas aportam recursos e apoio a startups, enquanto adotam práticas voltadas ao desenvolvimento de negócios disruptivos. Essa colaboração tem sido central para empresas que buscam se adaptar a um mercado cada vez mais dinâmico.
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Segundo o relatório “Corporate Venture Capital no Brasil e no Mundo“, da Valetec, a formulação de uma tese de investimentos é o primeiro passo para uma estratégia de CVC eficaz. Isso inclui a definição do perfil do investimento, tipos de negócio a serem financiados e objetivos estratégicos alinhados com a visão da organização. Para garantir que esses programas tenham impacto nas operações, o engajamento da liderança C-Level e o apoio institucional são elementos essenciais.
Estabelecer métricas claras é outra recomendação, segundo o relatório. Indicadores podem abranger a quantidade de projetos piloto realizados, avanços em satisfação dos clientes e indicadores financeiros, como a taxa interna de retorno (TIR) e o múltiplo de capital investido (MOIC). Já a segmentação da estratégia de Corporate venture capital favorece aportes minoritários, o que tende a facilitar a atração de startups.
Além disso, conectar startups às redes de contatos de corporações, também enfatizado pela Valetec, amplia o acesso a parcerias e inovações em longo prazo. Além disso, a criação de equipes especializadas e independentes no CVC facilita o gerenciamento da operação e evita choques culturais, permitindo sinergias com departamentos estratégicos, como pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Para aprimorar o desempenho, o foco em indicadores de acesso à inovação, relação com clientes, e reputação da marca se torna decisivo. Dados sobre o aumento do índice de NPS (índice de satisfação de experiência de compra) e o CAC (custo de aquisição por cliente) das startups indicam o impacto estratégico de longo prazo desses investimentos, enquanto a possibilidade de aquisições futuras fortalece a rede de inovação e assegura uma participação em tecnologias emergentes.
Segundo o relatório, a prática de corporate venture capital exige visão estratégica, estrutura de investimento dedicada e uma política de remuneração competitiva para times especializados. Erros frequentes incluem estratégias focadas exclusivamente no retorno financeiro e a contratação de equipes sem experiência em venture capital. Também é crucial que os contratos com startups sejam transparentes e competitivos, conforme padrões do setor, evitando condições contratuais complexas.
*Com informações do portal Época Negócios.
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