A possibilidade de vitória do republicano Donald Trump eleva a expectativa de novas tarifas comerciais, fortalecendo o dólar globalmente. (Foto: Envato Elements)
O dólar comercial fechou em alta na última terça-feira (29), cotado a R$ 5,756, com avanço de R$ 0,053 (+0,92%), atingindo o maior valor desde março de 2021. A moeda norte-americana começou o dia em baixa, chegando a R$ 5,69 pela manhã, mas subiu de forma acentuada durante a tarde, após declarações de Fernando Haddad, ministro da Fazenda,. No mês, o dólar acumula alta de 5,75% e, no ano, de 18,61%.
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No mercado de ações, o Ibovespa, índice de referência da B3, também registrou forte volatilidade, encerrando o dia com queda de 0,37%, aos 130.730 pontos. Embora tenha começado a sessão em alta, o índice inverteu o movimento e caiu até o fechamento.
Fatores internos e externos pressionaram o mercado. No cenário internacional, moedas latino-americanas foram impactadas por tensões eleitorais nos Estados Unidos. A possibilidade de vitória do republicano Donald Trump eleva a expectativa de novas tarifas comerciais, fortalecendo o dólar globalmente. Além do real, moedas como o peso chileno e o peso colombiano também perderam valor.
No Brasil, as declarações de Haddad de que o pacote de corte de gastos ainda não tem data ou valores definidos afetaram a confiança dos investidores. Um encontro entre o ministro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi antecipado, no Palácio da Alvorada, reforçando as expectativas do mercado sobre a política fiscal.
O dólar avança frente ao real nesta quarta-feira (30), impulsionado por dados positivos da economia dos Estados Unidos e pela expectativa da eleição presidencial. Às 9h55, a moeda americana subia 0,3%, a R$ 5,780 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro com primeiro vencimento tinha alta de 0,30%, a R$ 5,779.
Os investidores analisam uma agenda macroeconômica intensa antes das reuniões de política monetária do Banco Central (BC) e do Federal Reserve (Fed) na próxima semana. O relatório da ADP revelou a criação de 233.000 postos de trabalho no setor privado dos EUA em outubro, superando a previsão de 114.000 postos. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,8% no terceiro trimestre, abaixo da expectativa de 3%, mas com aumento de 3,7% nos gastos das famílias e do governo.
*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro.
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