Ícone do site TrendsCE

Cortes na geração afetam preços no mercado livre de energia

petrobras e nordeste e geração de energia

Os cortes de geração elétrica estão elevando os preços no mercado livre de energia, à medida que empreendedores incorporam riscos nos contratos firmados, apontam especialistas do setor. As perdas dos agentes somaram R$ 1,7 bilhão nos últimos 15 meses, segundo estimativa da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).


Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente


O curtailment, uma redução forçada da geração de energia, tornou-se um dos principais desafios para usinas solares e eólicas. De acordo com a Abeeólica e a Absolar, a situação se agravou após o apagão de agosto de 2023, impulsionada pelo excesso de geração e pelo congestionamento nas linhas de transmissão. Diante desse cenário, os geradores estão revendo contratos para refletir prêmios de risco, afetando o custo dos novos acordos.

A Abeeólica aponta prejuízos que chegam a 50% do faturamento de alguns geradores, forçando alterações contratuais no setor. Esse cenário de redução de receitas e aumento dos riscos tem levado os agentes a reavaliar planos de expansão e investimentos no Brasil, incluindo reconsiderações sobre o peso dos investimentos em projetos futuros.

A Absolar defende melhorias regulatórias para garantir compensações financeiras aos geradores afetados. Apesar de o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciar maior capacidade de escoamento de energia com a operação de novas linhas de transmissão, as associações do setor consideram que o problema persiste. Segundo o ONS, o fluxo de energia entre Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste foi ampliado para 13 GW, enquanto a carga exportada do Nordeste para o Norte subiu de 4,8 GW para 6,2 GW.

Além das questões de infraestrutura, a Absolar também defende o lançamento de um edital pelo Ministério de Minas e Energia (MME), previsto para 2025, voltado à implantação de baterias para armazenar energia. Nesse cenário, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enfrenta questionamentos sobre a regulamentação dos cortes de geração, enquanto associações do setor pressionam por regras que tragam estabilidade ao mercado.

*Com informações do portal eixos.

Saiba mais:

Renováveis vão responder por 62% da matriz energética mundial em 2050

Ceará assina pré-contrato de R$ 9 bi com norueguesa Fuella para planta de H2V no Pecém

Sair da versão mobile