A eleição presidencial dos Estados Unidos (EUA) nesta terça-feira (5) traz um embate direto entre o ex-presidente Donald Trump e a atual vice-presidente Kamala Harris, que defendem visões econômicas divergentes. O resultado é aguardado com expectativa pelo mercado global, com potenciais efeitos no comércio exterior e na economia brasileira.
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O modelo de votação “the winner takes all” torna as pesquisas pouco precisas em prever o resultado da eleição, pois o vencedor de cada estado leva todos os delegados eleitorais. Em uma novidade, os republicanos intensificaram o engajamento no voto por correio, registrando mais de 50 milhões de votos antecipados, segundo dados eleitorais.
Na campanha, Trump retomou o “maganomics”, com propostas protecionistas que incluem cortes de impostos e uma tarifa de 10% sobre importados, elevando para 60% no caso de produtos da China. Harris, vice de Biden, promete manter a política de multilateralismo e visa reduzir impostos para famílias, baixar preços de medicamentos e combater aumentos de preços no varejo.
O dólar deve reagir ao resultado da eleição, com o mercado prevendo uma valorização caso Trump vença, pela postura protecionista do candidato. A moeda americana fechou na sexta-feira a R$ 5,87, maior cotação em quatro anos e meio, em meio a incertezas econômicas.
Para o Brasil, uma vitória de Trump poderia alterar as relações comerciais, com tarifas potencialmente impactando os US$ 75 bilhões em comércio entre os países em 2023. Por outro lado, Kamala manteria o atual alinhamento econômico. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e o Banco Central, os EUA são o segundo principal destino das exportações brasileiras e uma fonte significativa de investimento direto no país.
*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro.
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