O governo formalizou a instalação de um grupo de trabalho (GT) dedicado a discutir alternativas para reduzir o spread bancário, que se refere à diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas cobradas dos consumidores em operações de crédito. A iniciativa busca promover condições de crédito mais acessíveis aos setores produtivos.
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O GT é composto por representantes do governo e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com coordenação política do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) da Presidência da República e coordenação técnica do Ministério da Fazenda. Segundo Isaac Sidney, presidente da Febraban, um terço do custo de crédito no Brasil advém da inadimplência, e o setor bancário nacional enfrenta a maior carga tributária global, com uma alíquota nominal de tributação corporativa de 50%.
De acordo com Sidney, a redução dos custos da intermediação deve causar uma queda efetiva do nível dos spreads bancários. “Estamos aqui para construirmos uma agenda de trabalho sobre como atacar as variáveis que mais pesam na composição do spread bancário”, ressalta.
Os temas debatidos pelo GT incluem inadimplência, crédito para pequenas empresas, custos administrativos e tributários, prevenção de fraudes, fundos garantidores e acesso a plataformas digitais. Entre as entidades envolvidas estão a Zetta, Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de bancos públicos e privados e centrais sindicais.
Idealizado após encontro entre a Febraban e Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, em setembro, o GT recebeu prioridade em nova reunião entre o presidente Lula e bancos privados em outubro. O grupo deve apresentar um relatório final em março do próximo ano.
*Com informações do portal Dinheirama.
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