Os principais índices de ações em Nova York registraram altas expressivas após a vitória de Donald Trump, que garantiu o controle da Casa Branca e do Senado. Com promessas de cortes de impostos, ampliação dos gastos com infraestrutura e desregulamentação de setores como o financeiro, as expectativas de estímulos econômicos impulsionaram o mercado. O controle da Câmara, no entanto, ainda não foi decidido.
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O índice Dow Jones, que reúne ações industriais, subiu 3,57%, alcançando 43.729 pontos e um novo recorde. Esta foi a maior alta do índice em quase dois anos, impulsionada pela perspectiva de valorização das ações industriais diante de uma política econômica focada no retorno da indústria da China para os Estados Unidos e em medidas protecionistas contra produtos chineses.
Enquanto o S&P 500, que inclui as maiores empresas americanas, avançou 2,50%, enquanto o índice de tecnologia Nasdaq subiu 2,93%, atingindo seu melhor desempenho desde fevereiro. Com a alta das ações, o índice de volatilidade VIX, conhecido como “índice do medo”, recuou 20,60%. Empresas de pequeno e médio porte, representadas pelo índice Russell 2000, avançaram 5,91%, com a perspectiva de continuidade e ampliação de cortes de impostos beneficiando especialmente essas companhias.
Ações de bancos e big techs
Ações de grandes bancos registraram fortes valorizações, impulsionadas pela possível desregulamentação do setor. O Goldman Sachs subiu 13,16%, enquanto Morgan Stanley e J.P. Morgan avançaram 11,59% e 11,55%, respectivamente. Entre as empresas de tecnologia, Nvidia, Alphabet e Amazon apresentaram ganhos, enquanto apenas a Meta recuou 0,07%, em meio a declarações da nova administração sobre um possível viés liberal nas plataformas.
Analistas do Goldman Sachs mantêm uma projeção para o S&P 500 de 6.300 pontos nos próximos 12 meses, estimando um crescimento de 9% em relação ao nível atual. O cenário de estímulo fiscal e desregulamentação deve impulsionar o crescimento econômico para 2,4% em 2025, mas medidas como tarifas comerciais elevadas podem limitar os ganhos das empresas do S&P 500, com impacto de 3,8 pontos percentuais nos lucros.
*Com informações do portal Valor Investe.