A produção industrial cearense registrou um crescimento acumulado de 8,7% entre janeiro e setembro de 2024, colocando o estado em segundo lugar no ranking de expansão industrial do país, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última quinta-feira (7). No acumulado de 12 meses, o Ceará também aparece na segunda posição, com avanço de 7,3%, atrás apenas do Rio Grande do Norte.
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Este desempenho é impulsionado pela estratégia estadual de atrair investimentos e apoiar empresas já estabelecidas. Dados da Secretaria do Desenvolvimento do Ceará (SDE) indicam que o estado registrou crescimento de 7,2% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, superando a média nacional de 3,3%. Até setembro, mais de 13,9 mil novos empregos formais foram gerados na indústria, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
O Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (Condec) aprovou mais de R$ 3 bilhões em investimentos privados, representando 69 projetos e com previsão de gerar 19 mil empregos. Entre os destaques, a dinamarquesa Vestas investirá R$ 130 milhões na expansão de sua fábrica em Aquiraz, enquanto a Solar Coca-Cola modernizará sua unidade em Maracanaú com R$ 306 milhões, criando novas oportunidades de emprego.
No interior, a expansão industrial inclui a segunda unidade da Grendene no Crato, com investimento de R$ 30 milhões e cerca de mil empregos previstos. Em Juazeiro do Norte, a AeC Contact Center investiu R$ 39 milhões para expandir suas operações, com potencial de gerar até 3 mil postos de trabalho.
Além disso, a nova fábrica da Eternit em Caucaia, especializada em telhas de fibrocimento, representa um investimento de R$ 187 milhões, gerando mais de 400 empregos diretos e indiretos. Já a Smurfit Westrock destinou R$ 33 milhões à construção de uma nova unidade em Maranguape, enquanto a Ambev constrói uma fecularia em Pacajus voltada para o processamento de mandioca, beneficiando 80 produtores locais.
*Com informações da Adece.
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