O dólar registra alta acentuada nesta sexta-feira (8), influenciado pela inflação mais alta que o esperado no Brasil e pelo anúncio de estímulos fiscais na China abaixo das expectativas. Às 10h09, a moeda norte-americana subia 1,43%, cotada a R$ 5,7572, enquanto o contrato futuro de dólar avançava 0,88%, a R$ 5,760.
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A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Brasil mostrou uma aceleração em outubro, com variação de 0,56%, ante 0,44% em setembro. A inflação em 12 meses subiu para 4,76%, ultrapassando o teto da meta do Banco Central, de 4,50%. O resultado gerou uma percepção de descontrole inflacionário, o que afastou investidores do real e favoreceu a procura pelo dólar.
Além disso, o mercado aguardava o anúncio de medidas fiscais pelo governo brasileiro. A expectativa era de que um pacote de estímulos fiscais pudesse amenizar as pressões econômicas, especialmente em relação à inflação. A curva de juros também registrou forte alta, com apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) precisaria aumentar a taxa Selic para conter a inflação.
No cenário externo, o dólar se valorizava frente a outras moedas emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno, impactados por novos estímulos fiscais decepcionantes da China.
O governo chinês anunciou medidas de apoio graduais, em vez de um pacote agressivo, o que prejudicou a confiança no mercado. A desaceleração nos preços das commodities, como minério de ferro e petróleo, também pressionou as economias emergentes.
A reação do mercado também refletiu o impacto da vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA, que aumentou a perspectiva de políticas inflacionárias, como tarifas e cortes de impostos. Em paralelo, o Federal Reserve (Fed) reduziu os juros em 25 pontos-base, mas indicou que o ritmo de afrouxamento monetário será mais lento nos próximos meses.
*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro.
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