Estudo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) indica que tecnologias ligadas à bioeconomia podem adicionar US$ 592,6 bilhões em receitas anuais ao Brasil e reduzir 28,9 bilhões de toneladas de CO2 até 2050, o equivalente a 65% das emissões nacionais. A pesquisa atualiza a edição de 2022 do mapeamento sobre o impacto da bioeconomia para a descarbonização.
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Divulgado às vésperas da COP29, que iniciou esta semana no Azerbaijão, o estudo prevê investimentos de US$ 257 bilhões até 2050 para alcançar os resultados financeiros e ambientais projetados. A ABBI destaca que essas medidas estão alinhadas com o avanço nas negociações internacionais sobre descarbonização e a aprovação do Mercado Regulado de Carbono.
O levantamento, desenvolvido em parceria com Instituto SENAI/CETIQT, Embrapa Agroenergia e o Laboratório Cenergia (UFRJ), avaliou mais de 20 rotas tecnológicas e 22 produtos da bioeconomia. As análises incluíram aspectos como eficiência energética, potencial de descarbonização, desmatamento zero e retornos financeiros em diferentes regiões do país.
No setor de biocombustíveis, a produção potencial pode alcançar 570 milhões de metros cúbicos por ano em 2050, gerando US$ 234 bilhões em receitas anuais. Para bioquímicos, a previsão é de US$ 34 bilhões anuais com a produção de 14 milhões de toneladas. Já o mercado de proteínas alternativas deve gerar 9,8 milhões de toneladas, correspondendo a US$ 114 bilhões anuais.
Segundo o estudo, o conjunto das iniciativas poderia recuperar 117 milhões de hectares de terras no Brasil e mitigar cerca de 29 bilhões de toneladas de CO2 entre 2020 e 2050, com impacto equivalente à preservação de 248 milhões de hectares de florestas nativas.
*Com informações do portal eixos.
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