A arrecadação do governo federal cresceu 9,77% em termos reais em outubro frente ao mesmo mês de 2023, alcançando R$ 247,92 bilhões, segundo a Receita Federal. O resultado representa o melhor desempenho para o mês na série histórica iniciada em 1995. No acumulado de janeiro a outubro, o total arrecadado foi de R$ 2,182 trilhões, com alta real de 9,69%, também um recorde para o período.
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Os recursos administrados pela Receita, que incluem impostos sob gestão direta da União, somaram R$ 225,23 bilhões em outubro, aumento real de 9,9% em relação ao ano anterior. De janeiro a outubro, o total arrecadado nessa categoria foi de R$ 2,067 trilhões, com crescimento de 9,7% sobre o mesmo período de 2023.
As receitas administradas por outros órgãos, como royalties sobre petróleo, avançaram 8,19% em outubro, para R$ 22,68 bilhões. No acumulado do ano até outubro, houve alta de 9,58%, totalizando R$ 115,14 bilhões.
O desempenho foi impulsionado por fatores como o retorno da tributação de PIS/Cofins sobre combustíveis, crescimento da arrecadação do comércio exterior e alta na contribuição previdenciária devido ao aumento da massa salarial e da arrecadação do Simples Nacional previdenciário.
Entre os tributos, PIS/Pasep e Cofins registraram alta real de 20,25% em outubro, totalizando R$ 47,19 bilhões. A receita previdenciária subiu 6,25%, somando R$ 54,20 bilhões. O recolhimento de Imposto de Importação e IPI vinculado cresceu 58,12%, atingindo R$ 11,12 bilhões.
O comércio atacadista foi o setor com maior aumento na arrecadação, com alta real de 22,29% em outubro frente ao mesmo mês de 2023. Também houve ganhos nos setores de varejo, serviços administrativos e fabricação de produtos químicos. O resultado positivo ajuda nos esforços do governo para alcançar o déficit zero em 2024 e sustentar o arcabouço fiscal no longo prazo.
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