A Black Friday, com previsão de movimentar R$ 7,93 bilhões no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), representa uma oportunidade de aumento de receita, mas também eleva o risco de ataques cibernéticos que podem prejudicar os sistemas do e-commerce. Ataques DDoS (ataques distribuídos de negação de serviço), por exemplo, são um dos mais comuns e visam sobrecarregar sites, impedindo que usuários reais concluam suas compras. Além disso, o vazamento de dados é outro risco, podendo afetar gravemente a reputação de uma marca no mercado.
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De acordo com a ABComm, este ano, a Black Friday no Brasil terá um aumento de 10,18% na movimentações em relação ao ano passado. Já uma pesquisa realizada pela ManageEngine este ano apontou que 54% das empresas nacionais enfrentaram mais violações de segurança cibernética em 2023, em comparação com anos anteriores.
Tonimar Dal Aba, gerente técnico da ManageEngine no Brasil, destaca que, além de oferecer promoções para atrair consumidores, as empresas devem preparar seus sistemas de TI para evitar falhas de segurança e instabilidade durante os picos de demanda da Black Friday, evitando que a data se transforme de uma oportunidade de receita em uma crise de difícil resolução.
De acordo com Dal Aba, uma das estratégias mais eficazes para lidar com a alta demanda é a hiperescalabilidade, que permite que sistemas e servidores cresçam ou diminuam sua capacidade de forma automática, conforme o tráfego. Algumas plataformas podem ser aliadas neste processo, pois garantem o monitoramento contínuo de servidores físicos e virtuais, otimizando recursos para que a infraestrutura possa suportar o pico de acessos sem interrupções. Esse tipo de gerenciamento evita quedas de serviço e assegura a experiência de compra do cliente, mesmo nos momentos de maior demanda.
Outra iniciativa relevante para períodos como a Black Friday é mitigar ataques DDoS. Existem soluções que limitam a quantidade de respostas que um servidor pode enviar a um determinado cliente em um intervalo de tempo e impedem que fluxos maliciosos sobrecarreguem o sistema, garantindo que o tráfego legítimo continue fluindo normalmente.
Esse recurso oferece uma camada adicional de segurança que protege não apenas os servidores, mas também a experiência do usuário. Com essa medida, os e-commerces conseguem impedir ataques de negação de serviço, preservar a estabilidade dos sistemas e garantir que a navegação e os pagamentos ocorram sem interrupções. Além disso, a limitação de respostas impede que bots e scripts automatizados explorem vulnerabilidades, mantendo o foco nos clientes reais.
“A preparação adequada para enfrentar a alta demanda protege não apenas a reputação da empresa, mas também a confiança dos consumidores, que esperam realizar suas compras com segurança. Investir em hiperescalabilidade e implementar soluções anti-DDoS garante que os sistemas permaneçam operacionais e seguros durante essa temporada”, conclui Tonimar.