Os papéis indexados à inflação, como Tesouro IPCA+ e Tesouro Educa+, representaram 43% das vendas, somando R$ 2,43 bilhões. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Os investimentos no Tesouro Direto somaram R$ 5,65 bilhões em outubro, distribuídos em 782 mil operações, segundo dados do Tesouro Nacional. A base de investidores com aplicações chegou a 2,698 milhões de pessoas, com 32,3 mil novos participantes no mês.
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As emissões líquidas totalizaram R$ 2,53 bilhões, o maior valor da série histórica. Mais da metade das aplicações (56%) foi de até R$ 1 mil, com um tíquete médio de R$ 7.215,21 por operação. Os títulos mais demandados foram os indexados à taxa básica de juros (Selic), que movimentaram R$ 2,52 bilhões (44% do total).
Os papéis indexados à inflação, como Tesouro IPCA+ e Tesouro Educa+, representaram 43% das vendas, somando R$ 2,43 bilhões. Já os títulos prefixados responderam por 12%, totalizando R$ 698,4 milhões. Nas recompras, os títulos atrelados à Selic também lideraram, com R$ 2 bilhões (64,1%).
O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 147 bilhões em outubro, alta de 2,7% frente ao mês anterior. Desse total, R$ 73,11 bilhões (49,7%) são de papéis indexados à inflação, seguidos pelos atrelados à Selic, com R$ 55,3 bilhões (37,6%), e pelos prefixados, com R$ 18,7 bilhões (12,7%).
O interesse crescente reflete um cenário de incertezas econômicas. A perspectiva de alta na Selic, atualmente projetada acima de 14%, e a desancoragem das expectativas de inflação, com previsão de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 4,63% para 2024, tornam os títulos indexados mais atrativos.
Os papéis atrelados ao IPCA têm oferecido retorno de até IPCA+7%, reflexo das preocupações fiscais e do impacto no mercado de renda fixa. Analistas apontam que a precificação reflete a falta de medidas concretas de controle de gastos pelo governo.
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