A reprovação ao governo Lula subiu de 64% para 90% entre agentes do mercado financeiro, segundo pesquisa realizada pela Quaest a pedido da Genial Investimentos. O levantamento entrevistou 105 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de fundos de investimento sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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A avaliação de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também piorou. A aprovação caiu de 50% em março para 41%, enquanto a percepção negativa subiu de 12% para 24%. Para 61% dos entrevistados, a força política de Haddad está mais enfraquecida, ante 14% na pesquisa anterior.
O pacote fiscal anunciado pelo governo foi apontado como principal motivo para o aumento da insatisfação. Para 100% dos entrevistados, o arcabouço fiscal tem pouca ou nenhuma credibilidade. Além disso, 58% consideram o plano de corte de gastos “nada satisfatório”, e 42% o avaliam como “pouco satisfatório”.
A política econômica também sofreu piora na avaliação. Para 96% dos entrevistados, a direção está errada, o que elevou a expectativa negativa para a economia de 32% para 88%. Sobre a regra de gastos, 37% acreditam que ela se sustenta até 2025, enquanto 34% projetam que durará até 2026, último ano do atual governo.
Com a piora no cenário fiscal, 66% dos entrevistados esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central eleve a taxa Selic em 0,75 ponto percentual no encontro de dezembro. Atualmente em 11,25% ao ano, a taxa básica pode ultrapassar 14%, segundo 34% dos entrevistados.
Além disso, apesar da aprovação de 62% à indicação de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central, 44% acreditam que ele poderá tomar decisões sob influência política.
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