Clientes de alta renda, atendidos por family offices, estão acessando oportunidades exclusivas no mercado imobiliário residencial e corporativo. Os escritórios especializados em gestão patrimonial atuam como sócios em empreendimentos imobiliários, modelo antes restrito a relações próximas dos empresários. O modelo exige aporte mínimo de R$ 1 milhão e os retornos chegam a 25% ao ano, superando os rendimentos de aplicações atreladas à Selic, atualmente em 11,25%.
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Diferentemente do financiamento tradicional, os recursos aplicados pelos investidores não geram dívidas, mas garantem participação no empreendimento. Em média, até 20% do capital necessário para novos projetos são captados com family offices, simplificando a estrutura de financiamento para incorporadoras.
Segundo a Portofino MFO, que administra R$ 30 bilhões, a centralização dos aportes de diversas famílias permite acesso a projetos que seriam inviáveis individualmente. O modelo reflete a profissionalização do mercado imobiliário, que busca alinhar interesses de incorporadoras e investidores.
A gestora Paladin aponta que o foco cultural no mercado imobiliário sustenta a perenidade desses investimentos. Em seus projetos, a rentabilidade média alcança 20% ao ano ao término do empreendimento. O aumento da procura por essas oportunidades indica que os family offices estão consolidando sua relevância no setor.
Além da participação direta, family offices têm diversificado sua estratégia para incluir o segmento de locação flexível, que oferece retornos de até 8% ao ano, superando os 6% típicos do aluguel convencional.
Essa abordagem está promovendo o desenvolvimento de empreendimentos projetados para atender à demanda por contratos de curta e média duração. Empresas como Charlie, que opera no setor de locação flexível, preveem uma expansão de 31% em suas unidades até o fim de 2024, indicando o crescimento dessa tendência.
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