bolsa brasileira sofre queda e riscos fiscais

Os riscos fiscais e a volatilidade do mercado limitam o apetite por investimentos no país, com o cenário favorecendo empresas exportadoras. (Foto: Envato Elements)

Bolsa brasileira fecha 2024 em queda com riscos fiscais

Por: Redação | Em:
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O Ibovespa acumula queda de 6% até 12 de dezembro, em um ano marcado por incertezas globais e riscos fiscais no Brasil. Em dólares, o desempenho foi ainda pior, com recuo de 23,45%, segundo cálculo da consultoria Elos Ayta. O Banco Central (BC) também foi forçado a inverter o ciclo de juros, em meio ao aumento da dívida bruta, que se aproxima de 80% do Produto Interno Bruto (PIB).


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Os setores mais impactados foram os cíclicos e de crescimento. O índice de small caps, que reúne empresas de menor valor de mercado, sofreu com o aumento do custo de crédito e a maior aversão ao risco. O índice de consumo e o imobiliário também registraram perdas, prejudicados pela alta dos juros, que reduziu compras de bens e imóveis.

A valorização do dólar, que acumula alta de 22,71% em 2024, afetou os investimentos estrangeiros no país, mas impulsionou as exportações. Empresas com receitas em moeda estrangeira no setor industrial apresentaram desempenho positivo, beneficiadas pela alta cambial.

O índice de Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que acompanha os recibos de ações de empresas estrangeiras, foi o destaque do ano, com valorização de 69%. O resultado reflete a alta do dólar e o desempenho positivo das bolsas americanas, impulsionadas pela queda dos juros nos Estados Unidos e pelo crescimento das empresas de tecnologia.

A economia brasileira, por outro lado, avançou, com o PIB projetado para encerrar o ano em alta de 3,39%, segundo o Boletim Focus. Apesar disso, os riscos fiscais e a volatilidade do mercado limitam o apetite por investimentos no país, com o cenário favorecendo empresas exportadoras e ações atreladas a mercados internacionais.

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