O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic de 11,25% para 12,25% e sinalizou duas novas altas de 1 ponto percentual nas próximas reuniões. A decisão foi justificada pelo risco de deterioração da dinâmica inflacionária, reforçado pelas medidas fiscais anunciadas pelo governo.
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Na ata divulgada nesta terça-feira (17), o Banco Central (BC) destacou a necessidade de uma postura mais rápida diante da piora do cenário de curto e médio prazo. Segundo o documento, a deterioração exigiu um compromisso firme para garantir a convergência da inflação à meta, com base em projeções e expectativas econômicas.
O Copom também considerou que os riscos fiscais se materializaram, tornando o cenário mais adverso, mas menos incerto. Isso permitiu maior previsibilidade ao colegiado, que apresentou pela primeira vez uma orientação clara sobre as decisões futuras de política monetária.
A reunião de dezembro marcou a última participação de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central. A partir de janeiro, Gabriel Galípolo assume o comando da instituição.
O documento ainda ressalta que a percepção dos agentes econômicos sobre o anúncio fiscal do governo impactou os preços dos ativos, o prêmio de risco, a taxa de câmbio e as expectativas de inflação. A dinâmica levou o BC a reforçar a importância de políticas econômicas harmônicas.
O Copom defendeu que a condução da política monetária continuará ancorada no compromisso com a meta de inflação. A magnitude do ajuste dependerá da evolução dos componentes econômicos mais sensíveis, como atividade, projeções de inflação e o balanço de riscos.
O Banco Central reiterou que políticas econômicas devem ser previsíveis, críveis e anticíclicas. Segundo o documento, a necessidade de ajuste fiscal alinhado à política monetária segue como elemento central para o reequilíbrio da economia.
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