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Haddad afirma que mudanças no pacote de corte de gastos reduzem economia prevista em R$ 1 bi

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, informou nesta sexta-feira (20) que as alterações feitas pelo Congresso no pacote de corte de gastos reduzirão a economia projetada pelo governo em cerca de R$ 1 bilhão. O pacote, apresentado em novembro, previa economizar R$ 71,9 bilhões em 2025 e 2026. Após as mudanças, o valor estimado será de pouco mais de R$ 70 bilhões.


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Segundo Haddad, a limitação dos supersalários no serviço público, enfraquecida durante a tramitação, não impacta diretamente o resultado primário do Executivo, mas afeta outros Poderes. A principal redução na economia decorre da exclusão de mudanças no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), originalmente incluídas no pacote.

O governo propôs corrigir o FCDF pela inflação oficial medida pelo IPCA, substituindo a fórmula atual, que utiliza a receita corrente líquida da União e permite aumentos acima da inflação. Essa alteração foi retirada durante as discussões no Congresso.

Haddad defendeu a mudança no FCDF com base na reforma tributária aprovada recentemente. O novo modelo de cobrança do futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que será recolhido no local de consumo, beneficiará o Distrito Federal, uma região de alto consumo, gerando ganhos significativos para o governo local.

“Entendemos que a medida era justa por razão simples. O Governo do Distrito Federal é o ente que mais ganha com reforma tributária. A partir do momento em que o imposto vai para o destino, o DF, local de alto consumo, terá ganhado com a reforma tributária. Entendemos que esse fundo teria de ficar dentro do arcabouço fiscal”, declarou Haddad.

O pacote de corte de gastos faz parte da estratégia do governo para alcançar o equilíbrio fiscal nos próximos anos, com medidas destinadas a limitar despesas obrigatórias e ampliar a arrecadação tributária.

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