Segundo estudo da consultoria Data8 em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o mercado financeiro latino-americano pode estar negligenciando o potencial de consumidores acima de 50 anos. O levantamento destaca que, quando não estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica, essas pessoas possuem maior estabilidade financeira, investimentos relevantes e menor inadimplência.
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O relatório também indica que mesmo aqueles em condições mais vulneráveis representam um mercado inexplorado com demandas por poupança, crédito, seguros e serviços não financeiros. No entanto, 40% dos indivíduos com mais de 50 anos que recebem até dois salários mínimos não possuem qualquer produto financeiro, segundo o estudo Tsunami Latam, da Data8.
Embora 74% da população da América Latina e Caribe esteja bancarizada, apenas 15% das pessoas acima de 50 anos utilizam serviços bancários digitais. A disparidade é ainda mais evidente ao comparar faixas de renda. Entre aqueles com renda de até dois salários mínimos, 46% utilizam dispositivos móveis para acessar serviços financeiros. O percentual chega a 87% entre aqueles com renda superior a dez salários mínimos.
O cenário apresenta as dificuldades de inclusão digital e financeira desse público, mesmo com o aumento de 200% na base de clientes de bancos digitais durante a pandemia, que incluiu muitos consumidores acima de 60 anos.
Os organizadores do estudo apontam que os dados reforçam a necessidade de adaptação de produtos e serviços financeiros às demandas específicas dos diferentes perfis de consumidores mais velhos, abrangendo todas as faixas de renda.
*Com informações do portal exame.
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