A América Latina enfrenta incertezas econômicas em 2025, com fatores externos e internos desafiando o crescimento moderado previsto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 2,5%. Entre os principais riscos estão as políticas econômicas dos Estados Unidos sob o governo de Donald Trump, a desaceleração econômica da China e questões internas nas principais economias da região.
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Nos EUA, o retorno de Trump à presidência pode reacender tensões comerciais, com propostas de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, e de 10% sobre importações chinesas. Segundo a BBC News Mundo, economistas avaliam que medidas abrangentes são improváveis, mas setores como aço, alumínio e produtos agrícolas podem ser impactados, prejudicando investimentos na América Latina.
A desaceleração econômica da China também preocupa. O país, grande comprador de matérias-primas da região, enfrenta queda no consumo interno, redução de salários e uma crise no mercado imobiliário. Analistas projetam estímulos econômicos de Pequim neste ano para sustentar o crescimento, o que pode mitigar impactos para exportadores latino-americanos.
No Brasil, a política monetária segue restritiva, com a taxa Selic projetada em 15% ao ano até o fim de 2025, segundo o Boletim Focus. A inflação, embora em queda, ainda preocupa, com expectativa de alta de 4,96%. Já na Argentina e no México, as novas administrações enfrentam expectativas de ajustes fiscais para lidar com déficits públicos.
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a região ainda sofre com baixa criação de empregos formais, informalidade elevada e desigualdades estruturais. Apesar disso, a inflação regional, que atingiu 8,2% em 2022, deve cair para 3,4% em 2024, indicando uma tendência positiva.
As eleições presidenciais em países como Equador, Bolívia, Chile e Honduras também podem influenciar o cenário político e econômico. Esses eventos são observados por seu potencial de alterar prioridades políticas e acordos comerciais na região.
Embora os desafios persistam, analistas indicam que 2025 pode ser menos complicado para a economia latino-americana do que os anos anteriores, marcados por crises relacionadas à pandemia.
*Com informações do portal Época Negócios
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