Os títulos privados voltados ao financiamento do agronegócio somaram R$ 1,203 trilhão em estoques ao final de novembro, alta de 31,5% em relação a novembro de 2023. Os dados são do Boletim de Finanças Privadas do Agro, divulgado pelo Ministério da Agricultura. Em outubro de 2024, o estoque totalizava R$ 1,175 trilhão, enquanto em novembro de 2023, era de R$ 915,26 bilhões.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
As Cédulas de Produto Rural (CPRs) registraram o maior avanço no período, com alta de 59%, de R$ 293,40 bilhões para R$ 465,25 bilhões. Considerando o desempenho por safra, o estoque de CPRs cresceu 77% entre julho e novembro da temporada 2024/25 em relação à 2023/24, atingindo R$ 188,59 bilhões.
Os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) apresentaram alta de 23% em novembro, alcançando R$ 37,99 bilhões. Já os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) registraram crescimento de 20% no mesmo período, com estoque de R$ 148 bilhões.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), principal fonte de recursos livres para crédito rural, cresceram 14% no período, totalizando R$ 510,37 bilhões. Desse montante, R$ 255,19 bilhões foram destinados ao financiamento rural, também com alta de 14% em relação ao ano anterior.
O tíquete médio dos títulos caiu 7% no período, passando de R$ 1,50 milhão para R$ 1,39 milhão. Segundo o boletim, o maior crescimento no uso de títulos privados reflete o maior acesso dos produtores rurais a essa modalidade, em detrimento ao crédito oficial.
Os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagros) também se destacaram, com crescimento de 127% no patrimônio líquido ao final de outubro, totalizando R$ 41,30 bilhões. O número de fundos administrados chegou a 119, sendo 43,5% em fundos imobiliários, 41,2% em fundos de participações e 15,3% em direitos creditórios.
O levantamento foi realizado pela Coordenação-Geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, com dados da B3, CERC e CRDC, Anbima, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil.
Saiba mais:
Ceará é o quinto produtor de mel do Brasil; NE é a região que mais produz
Brasil abre 300 mercados internacionais no agro em menos de dois anos