A Indonésia oficializou sua adesão ao BRICS, tornando-se o décimo membro do bloco formado por economias emergentes. O anúncio foi feito na última segunda-feira (6) pelo governo brasileiro, que exerce a presidência rotativa do grupo em 2025.
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Com a maior população e economia do Sudeste Asiático, a Indonésia recebeu o aval dos países-membros em agosto de 2023, mas decidiu adiar a adesão até a posse de seu novo governo. A inclusão reforça o compromisso do bloco com a reforma das instituições de governança global e a cooperação entre países do Sul Global, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Criado em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China, o BRICS ganhou a adesão da África do Sul em 2010 e, em 2024, o grupo foi ampliado com a entrada de Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Antes da inclusão da Indonésia, o bloco já representava 46% da população mundial e 35% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Outros países também manifestaram interesse em integrar o BRICS, como Turquia, Azerbaijão e Malásia. A Arábia Saudita foi convidada a ingressar, mas o processo ainda não foi concluído. A Argentina declinou do convite devido à mudança de governo.
Na cúpula de outubro de 2024, realizada na Rússia, os membros do BRICS discutiram o uso de moedas locais para transações internacionais, buscando reduzir a dependência do dólar. A proposta gerou críticas de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, que ameaçou impor tarifas aos países do grupo.
O encontro também abriu espaço para uma nova categoria de adesão, os Estados parceiros, com 13 países convidados. A Venezuela tentou integrar a lista, mas sua indicação foi vetada pelo governo brasileiro.
A próxima cúpula do BRICS está marcada para julho de 2025, no Rio de Janeiro, e deve aprofundar os debates sobre cooperação econômica e expansão do bloco.
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