Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, declarou na última terça-feira (7) que seu governo não permitirá a construção de novos projetos de geração de energia eólica no país. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Nova York. Trump assume o cargo em 20 de janeiro.
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Durante a campanha, Trump criticou energias renováveis como caras e pouco confiáveis. Ele também se posicionou contra eólicas offshore, apontando possíveis danos à vida marinha. Em contraste, prometeu ampliar incentivos para as indústrias de petróleo e gás, sem esclarecer se isso incluirá novos subsídios.
A energia eólica tem crescido nos Estados Unidos nos últimos anos, impulsionada por políticas como o Inflation Reduction Act (IRA), sancionado no governo de Joe Biden. Segundo o Departamento de Energia, em 2023, a eólica foi responsável por 10% da eletricidade do país, atraiu US$ 10,8 bilhões em investimentos e empregou 125 mil pessoas.
Os EUA são o segundo maior gerador mundial de energia eólica, com mais de 150 gigawatts (GW) de capacidade instalada. A fonte é especialmente relevante em estados que apoiaram Trump nas últimas eleições, como Iowa, Dakota do Sul, Kansas e Oklahoma, onde é responsável pela maior parte da energia elétrica.
Apesar da recente declaração, o site da campanha de Trump em 2023 destacou avanços na geração renovável durante seu primeiro mandato. Entre 2016 e 2019, a capacidade de geração eólica cresceu 32% no país.
Ainda não há detalhes sobre quais fontes de energia poderiam substituir a eólica no cenário de crescente demanda elétrica nos EUA. Especialistas apontam que mudanças bruscas no setor podem afetar a trajetória de investimentos e empregos relacionados à transição energética.
*Com informações do portal eixos.
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