De acordo com dados divulgados pela Receita Federal nesta semana, a arrecadação total das receitas federais alcançou R$ 209,218 bilhões em novembro de 2024, representando um crescimento real de 11,21% frente ao mesmo mês de 2023. Em termos nominais, o aumento foi de 16,63%.
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No acumulado de janeiro a novembro, o montante arrecadado foi de R$ 2,391 trilhões, uma elevação real de 9,82% e nominal de 14,59% em comparação ao mesmo período de 2023. Ambos os resultados representam os melhores desempenhos arrecadatórios desde 1995 para os respectivos períodos.
A arrecadação de receitas administradas pela Receita Federal somou R$ 203,093 bilhões em novembro, alta real de 12,26% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado dos 11 meses, essas receitas totalizaram R$ 2,270 trilhões, com aumento real de 9,92%.
O desempenho foi impulsionado por fatores econômicos e mudanças tributárias. Entre os destaques, a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Capital foi influenciada pela Lei nº 14.754/2023, que alterou a tributação de fundos de investimento. O retorno da tributação sobre combustíveis também impactou positivamente o PIS/Cofins.
No setor econômico, entidades financeiras lideraram a arrecadação de novembro, com R$ 20,293 bilhões, alta de 14,27% sobre 2023. O comércio atacadista arrecadou R$ 13,677 bilhões, com crescimento de 21,63%. O setor de combustíveis somou R$ 9,496 bilhões, uma elevação de 19,97%, enquanto a fabricação de veículos automotores arrecadou R$ 5,309 bilhões, alta de 23,35%.
Indicadores macroeconômicos como alta de 3,24% na produção industrial e 4,35% na venda de bens também contribuíram para o resultado acumulado, segundo a Receita Federal. Além disso, recolhimentos extraordinários relacionados à atualização de bens no exterior somaram R$ 7,4 bilhões, reforçando o desempenho do IRPF.
Sem fatores atípicos, o crescimento real da arrecadação de novembro seria de 11,03% e, no acumulado, de 7,72%. A política de desoneração de combustíveis, que impactou negativamente novembro de 2023, não influenciou os resultados deste ano.
Os dados foram apresentados pelo chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, e pelo coordenador de Previsão e Análise da Receita, Marcelo Gomide, durante coletiva na sede do Ministério da Fazenda.
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