A primeira orientação para seguir o planejamento é estabelecer a estimativa de gastos com esses impostos já para 2026. (Foto: Envato Elements)
Com o início do ano, cobranças como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar pressionam o orçamento das famílias. Em Fortaleza, contribuintes inadimplentes com a taxa municipal de lixo de 2024 terão que quitar os débitos mesmo que o encargo seja extinto em 2025, conforme decisão da Câmara Municipal. Com um planejamento eficiente, é possível enfrentar imprevistos, aproveitar oportunidades de investimento e alcançar objetivos de longo prazo.
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Segundo Beatriz Passos, CFO da Somapay Digital Bank, a preparação antecipada é essencial para lidar com esses custos. Reservar mensalmente um valor proporcional aos gastos previstos para o próximo ano pode ajudar a evitar contratempos. Por exemplo, para despesas de R$ 2.000, é recomendável poupar cerca de R$ 167 por mês ao longo de 12 meses.
A primeira orientação é estabelecer (e cumprir), como meta de ano novo, a estimativa de gastos com esses impostos já para 2026. “Se, para este ano, os gastos totalizaram R$2.000, por exemplo, o ideal é que o contribuinte se programe para separar um pouco dos rendimentos nos próximos 12 meses, a fim de prover esse valor para a próxima oportunidade. Ou seja, seria bom guardar R$167 por mês somente para este fim. Com a reserva financeira em dia, até os descontos para quem paga à vista, tornam a reserva mais rentável”, revela Beatriz.
Como nem sempre será possível pagar tudo à vista, o trabalhador pode escolher alguns boletos a serem pagos de uma vez, priorizando aqueles que concedem maior desconto. O IPTU, por exemplo, tem descontos que chegam a 10% para quem paga em cota única. O IPVA pode ter descontos entre 5% e 10% para quem opta em pagar em uma única parcela. A especialista da Somapay lembra que a inadimplência e o atraso das parcelas nunca pode ser uma opção deliberada: “No Ceará, existe a previsão de que, vencido o prazo de pagamento, o valor do IPVA será acrescido de multa de 0,15% por dia de atraso, podendo acumular em até 15%, fora a cobrança de juros que incidirão somente sobre o valor principal. Dessa forma, o atraso do pagamento pode tornar a dívida ainda maior”, afirma.
O terceiro lembrete importante para não começar o ano com dívidas é estimar todos os gastos previstos para o ano. “Com o uso de um aplicativo de gestão financeira ou de uma boa lista com todos as contas a vencer em cada mês, é possível imaginar o que pode ser reduzido (os gastos com cartão de crédito, água, energia elétrica, aluguel, gasolina) e o que pode ser eliminado, como é o caso dos gastos supérfluos, das cobranças de juros por atrasos de contas vencidas e do uso do cheque especial. Assim, é possível mensurar o que pode ser aprimorado durante o ano, como a reserva de emergência, investimentos em saúde, lazer e realização de sonhos”, conclui a especialista.
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