O governo federal anunciou a revogação de uma instrução normativa da Receita Federal que obrigava instituições financeiras a informar movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas, incluindo operações via Pix. A medida, que havia entrado em vigor no dia 1.º de janeiro, foi anulada na última quarta-feira (15), após uma onda de desinformação sobre tributação e taxas no sistema de pagamento instantâneo.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
Para reforçar a confiança no Pix, o governo publicará uma medida provisória (MP) que garante a gratuidade e o sigilo bancário das transações. Segundo Fernando Haddad, ministro da Fazenda, a MP vai equiparar o Pix ao pagamento em dinheiro, proibindo práticas como a cobrança adicional por transações realizadas pelo meio eletrônico em comparação ao dinheiro físico.
A desinformação sobre o tema ganhou força nos últimos dias, impulsionada por vídeos em redes sociais, incluindo conteúdos promovidos por parlamentares da oposição. A audiência dessas publicações superou a de desmentidos divulgados por representantes do governo. Como resposta, a Receita Federal informou que a Polícia Federal e a Advocacia-Geral da União investigarão responsáveis por manipular informações ou aplicar golpes relacionados à norma revogada.
A instrução normativa, apresentada no ano passado, tinha o objetivo de aprimorar o monitoramento de operações financeiras. Porém, a repercussão negativa gerou queda no uso do Pix. Entre 1.º e 14 de janeiro, foram registradas 2,28 bilhões de transações, uma redução de 15% em comparação ao mesmo período de dezembro de 2024, quando ocorreram 2,69 bilhões de operações.
O governo informou que a medida provisória visa assegurar os princípios de não oneração e sigilo nas transações. Além disso, enfatizou que medidas legais serão tomadas contra quem propagou informações falsas, causando pânico entre usuários do sistema.
Lula sanciona programa de renegociação de dívidas dos estados
Flávio Dino determina normas para emendas em universidades