A mineradora Ma’aden, da Arábia Saudita, deve abrir um escritório em São Paulo nos próximos meses para coordenar suas operações no país. (Foto: Divulgação)
A Ma’aden, maior companhia de mineração e metais da Arábia Saudita, anunciou a intenção de investir US$ 1,25 bilhão (R$ 8 bilhões) no Brasil. O valor será destinado à pesquisa geológica e a parcerias com mineradoras locais, de acordo com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, durante o Future Minerals Forum, em Riad.
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A mineradora saudita deve abrir um escritório em São Paulo nos próximos meses para coordenar suas operações no país. Segundo Silveira, as negociações para a instalação da base começaram em Davos, na Suíça, e fazem parte de uma estratégia para atrair investimentos no setor mineral brasileiro.
O foco principal da Ma’aden estaria em minerais estratégicos, como cobre, níquel, lítio, cobalto, manganês e grafite, usados na transição energética. A companhia já possui investimentos relacionados ao Brasil. Em abril de 2023, a Vale concluiu a venda de 10% de sua subsidiária Vale Base Metals por US$ 2,5 bilhões à Manara Minerals, joint venture entre a Ma’aden e o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita.
O setor mineral é prioridade para o governo saudita, que busca diversificar a economia além do petróleo. O plano inclui a realização de eventos internacionais e acordos bilaterais com países ricos em recursos minerais. De acordo com um executivo do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a estratégia é garantir o acesso a minerais críticos para o desenvolvimento de novas tecnologias.
Especialistas destacam que a etapa de prospecção mineral, prevista nos aportes da Ma’aden, é essencial para identificar novas jazidas. Essa fase é custosa e arriscada, com apenas uma em cada mil áreas pesquisadas transformando-se em mina. No Brasil, grandes mineradoras como Vale, Rio Tinto e Anglo American já investem bilhões de dólares em pesquisa geológica.
Criada em 1997, a Ma’aden é uma estatal sediada em Riad, na Arábia Saudita, e estruturada em cinco áreas de negócios: exploração mineral, metais de base, ouro, fosfato, minerais industriais e alumínio. Em 2023, a companhia registrou uma receita de US$ 7,9 bilhões. Desde 2008, a empresa conta com capital aberto e é parcialmente controlada pelo Fundo de Investimento Público saudita.
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