Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a produção global de energia elétrica em reatores nucleares deve alcançar um recorde em 2025. Segundo a entidade, o crescimento é impulsionado por preocupações com segurança energética, avanços tecnológicos e a demanda por fontes de energia com baixa emissão de carbono.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
O investimento global em energia nuclear somou US$ 65 bilhões em 2023, quase o dobro do registrado há uma década, afirma a AIE. O relatório destaca a retomada da produção nuclear no Japão, a conclusão de manutenções nos reatores franceses e a expansão em países como China, Índia e Coreia do Sul.
Apesar disso, a agência alerta que o setor permanece dependente das tecnologias chinesa e russa, o que representa um risco para a diversificação de cadeias de suprimentos. Mercados concentrados de tecnologia nuclear e a limitação na produção e enriquecimento de urânio são apontados como desafios estratégicos.
Pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês) surgem como alternativa promissora para impulsionar o setor. A AIE prevê que, mantido o ritmo atual, a capacidade instalada dos SMRs pode alcançar 40 GW até 2050. No entanto, com maior apoio político, regulações simplificadas e novos modelos de negócios, esse número pode triplicar, chegando a 120 GW, com mais de mil unidades em operação até lá.
Para atingir esse potencial, os investimentos em SMRs precisam crescer dos atuais US$ 5 bilhões para US$ 25 bilhões até o fim desta década. Até 2050, o montante acumulado deverá alcançar US$ 670 bilhões, estima a agência.
O relatório da AIE reforça a necessidade de diversificar tecnologias e cadeias produtivas para garantir o futuro do setor nuclear. A expansão dos SMRs, alinhada a políticas públicas e avanços industriais, pode marcar uma nova era para a energia nuclear global.
Produção de veículos cresce 9,7% em 2024 com alta no consumo doméstico
Setor industrial registra maior volume de empregos gerados no Ceará desde 2020