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Estudo da UFC aponta que parques eólicos aumentam PIB per capita no Nordeste em 20%

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Um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC) apontou que os municípios nordestinos com parques eólicos financiados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) tiveram aumento de 20% no Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre 2001 e 2022. A pesquisa analisou 355 cidades, comparando localidades com e sem esses empreendimentos, e destacou impactos positivos no mercado de trabalho e nos indicadores econômicos.


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O estudo, premiado no 9º Prêmio Tesouro Nacional de Finanças Públicas, revelou crescimento de 105% no Valor Adicionado Bruto (VAB) industrial em municípios com parques em operação. Nas cidades com obras em andamento, o aumento foi de 32%. Já no setor de serviços, o valor adicionado subiu 10,78% nas localidades com parques operacionais. Durante a construção, porém, houve queda de 8,9% no VAB agrícola devido à ocupação temporária de terras.

Os impactos também se refletiram no mercado de trabalho, com alta de 23% nos postos formais de emprego e aumento de 27,51% na massa salarial em municípios com parques eólicos. Durante a construção, os empregos cresceram 19,40%, e a massa salarial subiu 25,43%, segundo dados divulgados pela UFC.

Os investimentos seguiram as diretrizes do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que busca descentralizar ações e maximizar impactos econômicos. Além disso, os recursos do FDNE, administrados pela Sudene, foram fundamentais para financiar os empreendimentos, com condições atrativas como prazos de amortização de até 20 anos.

A Sudene, responsável pela gestão do fundo, tem buscado ampliar as parcerias para fortalecer os recursos destinados à região. Entre os parceiros, estão o Banco Mundial, o Banco dos Brics (NDB) e a Agência Francesa de Desenvolvimento. Para 2024, a estimativa é de R$ 1,2 bilhão em recursos para novos projetos.

A pesquisa evidenciou que os parques eólicos promovem desenvolvimento sustentável, combinando geração de energia renovável com crescimento econômico. O estudo destacou ainda que os benefícios se estendem para a renda e o emprego das comunidades locais, reforçando a importância do setor no desenvolvimento regional.

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