O Brasil perdeu a posição de 9ª maior economia mundial em 2024, caindo para o 10º lugar, de acordo com levantamento da Austin Rating com base nas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). A desvalorização do real frente ao dólar foi o principal fator para a mudança no ranking.
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A moeda brasileira acumulou uma desvalorização de 27% em relação ao dólar, que ultrapassou R$ 6 pela primeira vez no final de 2024. O câmbio médio do ano ficou em R$ 5,39 por dólar, acima da estimativa de outubro de R$ 5,31, resultando em uma redução de US$ 17 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em valores correntes.
Apesar da revisão de alta do crescimento econômico brasileiro pelo FMI, de 3% para 3,7% em 2024, o impacto cambial fez com que o Canadá ultrapassasse o Brasil no ranking global. O Brasil, no entanto, permanece à frente da Rússia devido à desvalorização ainda maior do rublo.
Os dados oficiais do PIB brasileiro de 2024 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 7 de março. O Brasil, que ocupou o 9º lugar em 2023, já esteve na 7ª posição entre 2010 e 2014 e fora do top 10 em 2020.
Para 2025, o FMI prevê que o Brasil mantenha o 10º lugar, com crescimento econômico estimado em 2,2%, abaixo da média global de 3,3%. A previsão para 2026 foi reduzida para 2,2%, reforçando uma trajetória de crescimento inferior à média mundial.
Em contraste, o avanço esperado para 2024, de 3,7%, supera as projeções do governo, que previa alta de 3,3%, e do Banco Central, de 3,5%. As estimativas reforçam a volatilidade do cenário econômico brasileiro, afetado pelo câmbio e pelo desempenho global.
As projeções do FMI foram publicadas na edição de janeiro do relatório World Economic Outlook (WEO), que atualiza as expectativas para as maiores economias mundiais.
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