O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 13,25% na última quarta-feira (29), em decisão alinhada às previsões do mercado. Esse foi o primeiro encontro sob a presidência de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
O ajuste de um ponto percentual é o quarto consecutivo desde setembro, quando o Banco Central iniciou um ciclo de alta para conter a inflação. No comunicado, o Copom antecipou um novo aumento de mesma magnitude na reunião de março, justificando a decisão pelo cenário adverso para a convergência da inflação.
O Brasil encerrou 2024 com inflação de 4,83%, acima da meta de 1,5% a 4,5%. O boletim Focus, do Banco Central, indica que a projeção para 2025 subiu de 5,08% para 5,50% em uma semana. O aumento da Selic busca reduzir pressões inflacionárias ao restringir o consumo e o crédito.
A decisão ocorre após um período de estabilidade da taxa básica em 10,50%, entre junho e setembro de 2024. O Banco Central havia iniciado cortes progressivos em agosto de 2023, após um ano no patamar de 13,75%. Desde então, elevou a Selic em 0,25% em setembro, 0,5% em novembro e 1 ponto percentual em dezembro.
No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed) manteve os juros entre 4,25% e 4,50%, apesar das pressões políticas nos Estados Unidos. O Banco Central brasileiro avalia que o ambiente externo segue desafiador.
Além disso, o país registrou taxa de desemprego de 6,1% entre setembro e novembro, a mais baixa em 12 anos. No terceiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4% em 12 meses. No entanto, o mercado mantém cautela em relação às contas públicas, apesar do plano fiscal anunciado pelo governo em novembro.
Arrecadação federal cresce 9,62% e atinge recorde de R$ 2,65 tri
Brasil cai para 10ª maior economia mundial em 2024