China reage a tarifas dos EUA com restrições comerciais

Por: Redação | Em:
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A China abriu investigação antimonopólio contra a Alphabet e incluiu o grupo PVH e a empresa Illumina em lista de entidades não confiáveis. (Foto: Envato Elements)

A China impôs tarifas sobre combustíveis, veículos e máquinas agrícolas dos Estados Unidos em resposta às medidas adotadas pelo governo de Donald Trump. Pequim também apresentou queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as novas barreiras impostas a produtos chineses.


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O Ministério das Finanças chinês anunciou tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito dos EUA e de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e alguns veículos. A decisão ocorreu minutos após a entrada em vigor da tarifa adicional de 10% aplicada por Washington às importações chinesas.

Além das tarifas, a China abriu investigação antimonopólio contra a Alphabet, controladora do Google, e incluiu o grupo de moda PVH e a empresa de biotecnologia Illumina em sua lista de entidades não confiáveis. O país também restringiu exportações de metais raros usados na indústria, como tungstênio e molibdênio.

Trump também havia anunciado tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, mas suspendeu a aplicação por 30 dias após acordos com os líderes dos dois países para reforço da segurança nas fronteiras. Claudia Sheinbaum, presidente do México, mobilizou 10 mil integrantes da Guarda Nacional na fronteira norte, enquanto Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, anunciou medidas contra os cartéis de drogas.

Washington acusa Pequim de permitir a exportação de precursores químicos para o México, onde são utilizados na produção de fentanil, um opioide sintético responsável por milhares de mortes nos EUA. O governo chinês classificou as acusações como infundadas e prejudiciais à cooperação econômica entre os países.

A Casa Branca busca um entendimento com Pequim e pretende iniciar negociações com Xi Jinping. Trump afirmou que ligaria para o presidente chinês nas próximas 24 horas para discutir um possível acordo comercial.

As medidas ampliam as tensões entre as duas maiores economias do mundo, com impacto direto no comércio global. A OMC foi acionada pelos dois países, e analistas avaliam os desdobramentos da disputa para mercados e cadeias produtivas.

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