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44% dos CEOs do agronegócio veem risco à viabilidade dos negócios

agronegócio

44% dos CEOs do agronegócio no Brasil acreditam que suas empresas não serão viáveis economicamente por mais de dez anos sem mudanças estruturais. O índice, 13 pontos percentuais acima do registrado em 2024, foi revelado na 28ª edição da Global CEO Survey da PwC, que ouviu 4.700 executivos em mais de 100 países.


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Apesar do alerta, 76% dos CEOs do setor no Brasil estão otimistas com a economia nos próximos 12 meses, acima da média nacional (73%) e global (57%). A expectativa é de retomada para segmentos mais afetados em 2024, especialmente no segundo semestre de 2025.

Ainda assim, as mudanças climáticas são a principal ameaça, segundo 56% dos entrevistados. O índice supera a média global (14%) e nacional (21%), refletindo o impacto dos eventos extremos na produção e competitividade. A falta de mão de obra qualificada também preocupa 38% dos CEOs, acima da média nacional (30%).

Nesse cenário, a inteligência artificial (IA) generativa surge como estratégia para enfrentar desafios e melhorar a produtividade. Entre os CEOs do agronegócio, 61% esperam que a tecnologia aumente a lucratividade em 2025, contra 46% em 2024. No entanto, apenas 24% relataram ganhos financeiros concretos no último ano.

A adoção da IA está concentrada na eficiência operacional e na tomada de decisão, sem impacto significativo na redução da força de trabalho. Modelos preditivos baseados em IA estão sendo usados para gestão de riscos climáticos, auxiliando no planejamento agrícola e na proteção das lavouras.

Os investimentos sustentáveis também avançam. Nos últimos cinco anos, 47% dos CEOs do agronegócio afirmam que ações para reduzir o impacto climático aumentaram a receita de suas empresas, acima da média nacional (30%). Além disso, 62% têm sua remuneração variável atrelada a métricas de sustentabilidade.

O setor segue pressionado por transformações tecnológicas e climáticas, exigindo adaptação para garantir a viabilidade no longo prazo. A necessidade de inovação e revisão dos modelos de negócios se torna central para a competitividade no cenário global.

*Com informações do portal Forbes.

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