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Dólar cai pelo 12º dia seguido e fecha abaixo de R$ 5,80

dólar e fluxo cambial

O dólar fechou em queda na última terça-feira (4), pelo 12º pregão consecutivo, cotado a R$ 5,7724, menor valor desde 19 de novembro. A desvalorização ocorre apesar do tom duro da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que indicou a possibilidade de a taxa Selic superar 15% no atual ciclo de alta, refletindo o enfraquecimento global da moeda americana.


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O dia começou com alta moderada do dólar, mas a tendência se inverteu ainda pela manhã. O movimento se intensificou após a Casa Branca informar uma possível conversa entre Donald Trump, presidente dos EUA, e o líder chinês, Xi Jinping, sobre tarifas comerciais. No meio da tarde, fontes indicaram que o diálogo não ocorreria hoje.

A especulação sobre um adiamento na imposição de tarifas adicionais aos produtos chineses reforçou a percepção de alívio no mercado. No início da semana, Trump suspendeu tarifas de 25% sobre Canadá e México, condicionado a medidas de segurança nas fronteiras.

O índice DXY, que mede o comportamento do dólar frente a seis moedas fortes, operou abaixo de 108,000 pontos no fim da tarde. Entre as divisas emergentes, apenas o peso mexicano perdeu força. Dados abaixo do esperado sobre a atividade nos EUA, como o relatório Jolts, indicaram um desaquecimento do mercado de trabalho americano, aumentando as apostas em uma política monetária menos rígida pelo Federal Reserve (Fed).

Além disso, a curva de juros futuros nos EUA passou a projetar um corte acumulado de 50 pontos-base na taxa básica americana neste ano. No Brasil, o real se beneficiou do aumento da atratividade do carry trade, com a Selic elevada tornando caro o carregamento de posições compradas em dólar.

A ata do Copom também trouxe sinalizações mais duras que o comunicado da reunião anterior. O Banco Central (BC) reforçou que os riscos de alta para a inflação seguem predominantes e revisou a análise sobre a atividade econômica, indicando desaceleração ainda incipiente.

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