A produção da indústria brasileira avançou 3,1% em 2024, terceiro maior crescimento dos últimos 15 anos, segundo a Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi impulsionado pelo aumento do emprego e da renda, mas desacelerou no fim do ano.
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Nos últimos três meses de 2024, a indústria registrou queda acumulada de 1,2%, com recuos de 0,3% em dezembro, 0,7% em novembro e 0,2% em outubro. Ainda assim, a produção em dezembro ficou 1,6% acima do mesmo período de 2023.
O setor opera 1,3% acima do nível pré-pandemia, mas segue 15,6% abaixo do pico de maio de 2011. O desempenho de 2024 superou o crescimento de 0,1% de 2023 e ficou atrás apenas de 2010 (10,2%) e 2021 (3,9%), anos marcados por bases de comparação mais baixas.
O avanço foi generalizado, com crescimento nas quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 25 ramos industriais pesquisados. O IBGE aponta fatores como maior ocupação no mercado de trabalho, aumento da massa salarial e ampliação do crédito.
A desaceleração no fim do ano ocorreu em meio a um cenário econômico desafiador. O Banco Central (BC) elevou a taxa Selic de 10,5% para 13,25% ao ano a partir de setembro, encarecendo o crédito. A inflação encerrou 2024 em 4,83%, acima da meta de 4,5%, enquanto o dólar valorizou 27%, fechando o ano a R$ 6,18.
O último trimestre foi afetado pela queda na confiança de consumidores e empresários, pressionada pelo aperto monetário, alta do dólar e inflação de alimentos, segundo o IBGE. O ponto mais alto da indústria em 2024 foi registrado em junho.
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