A regulação de IA enfrenta desafios, já que União Europeia, Estados Unidos, China e Índia têm prioridades distintas para a tecnologia. (Foto: Envato Elements)
Líderes políticos e executivos do setor de tecnologia iniciam nesta segunda-feira (10) uma cúpula em Paris para debater a regulação da inteligência artificial (IA). O evento, co-patrocinado por França e Índia, busca estabelecer um pacto para garantir uma IA ética, acessível e eficiente. O encontro reúne quase 1.500 convidados, incluindo J.D. Vance, vice-presidente dos Estados Unidos, Zhang Guoqing, vice-primeiro-ministro da China, e Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia.
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Emmanuel Macron, presidente francês, anunciou no último domingo (9) investimentos de 109 bilhões de euros em IA. Segundo ele, os recursos virão de empresas francesas, fundos de investimento americanos e canadenses e dos Emirados Árabes Unidos. A quantia equivale ao pacote de 500 bilhões de dólares (2,9 trilhões de reais) dos EUA para IA, segundo Macron.
A Europa busca recuperar espaço na corrida global pela IA. Nos Estados Unidos, empresas como a Amazon anunciaram investimentos individuais semelhantes ao da França, destinando mais de 100 bilhões de dólares ao setor. Enquanto isso, startups como a chinesa DeepSeek avançam com modelos de IA mais eficientes e de menor custo.
Além da regulamentação, a governança da IA está no centro do debate. No domingo, um grupo de países, empresas e organizações anunciou um aporte de 400 milhões de dólares (2,3 bilhões de reais) na Current AI, associação que busca tornar a IA mais acessível e alinhada ao interesse público. O objetivo é captar 2,5 bilhões de dólares (14,5 bilhões de reais) para infraestrutura e medição de impacto social e ambiental.
Além disso, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, deve anunciar a criação de 10 supercomputadores públicos para pesquisadores e startups. Já uma coalizão de 120 veículos franceses, incluindo a AFP, apresentou a ferramenta Spinoza, voltada para jornalistas e análise de temas como mudanças climáticas.
A cúpula termina na terça-feira (11) com uma sessão plenária que reunirá líderes de quase 100 países. A França espera compromissos voluntários para tornar a IA sustentável e ambientalmente responsável.
A regulação enfrenta desafios, já que União Europeia, Estados Unidos, China e Índia têm prioridades distintas para a tecnologia. O controle sobre grandes centros de processamento de dados segue como um dos principais pontos de disputa global.
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