Durante a conferência AI Summit de Paris, cerca de 60 países assinaram a “Declaração sobre Inteligência Artificial Inclusiva e Sustentável”, que defende transparência, segurança e governança internacional da tecnologia. O Reino Unido e os Estados Unidos não aderiram ao compromisso, enquanto China, União Europeia, Alemanha e Brasil apoiaram a iniciativa que visa uso de IA.
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J.D. Vance, vice-presidente dos EUA, afirmou na cúpula que regulamentações excessivas podem prejudicar a inovação e criticou normas europeias como a Lei de Serviços Digitais e as Regulamentações da Proteção Geral de Dados (GDPR). Londres também questionou a falta de clareza prática do documento em temas como segurança nacional.
O Brasil defendeu uma regulação internacional para garantir equidade no desenvolvimento da IA. Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, alertou que o domínio da tecnologia por poucos atores pode comprometer a democracia. O país já aprovou um projeto de lei sobre IA no Senado, que aguarda votação na Câmara.
O evento reuniu 1.500 participantes, incluindo líderes políticos e CEOs de empresas como Microsoft, OpenAI e Google. No mercado, a crescente competição global pressiona as empresas americanas. A startup chinesa DeepSeek lançou um modelo gratuito que impactou as ações da Nvidia, que havia registrado forte valorização nos últimos dois anos.
A União Europeia anunciou um investimento de 50 bilhões de euros na iniciativa InvestAI e um fundo de 20 bilhões para infraestrutura de IA. Nos EUA, a OpenAI e parceiros preveem um aporte de 500 bilhões de dólares em data centers, com apoio do governo Trump. A França também planeja investimentos de 109 bilhões de euros no setor.
Emmanuel Macron, presidente francês, afirmou que a regulação da IA deve equilibrar segurança e inovação para evitar desconfiança do público. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, reconheceu o desafio da burocracia e prometeu reduzir barreiras para impulsionar a competitividade europeia.