O Ibovespa, pressionado por dados de inflação acima do esperado nos Estados Unidos, operava em queda nesta quarta-feira (12), após dois dias de alta. Às 11h, o índice recuava 1,43%, a 124.714,60 pontos, com volume financeiro de R$ 3,6 bilhões. O dólar registrava leve baixa de 0,14%, cotado a R$ 5,7601.
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O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,5% em janeiro, acima da alta de 0,4% de dezembro. No acumulado de 12 meses, a inflação avançou de 2,9% para 3%. Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,3% no mês e manutenção da taxa anual em 2,9%.
Os dados reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) manterá juros elevados por mais tempo. Investidores passaram a prever o primeiro corte apenas em setembro, enquanto a possibilidade de um segundo corte neste ano foi praticamente descartada. O cenário fortalece os Treasuries e o dólar, reduzindo a atratividade de ativos de mercados emergentes.
O Ibovespa também repercutia a revisão trimestral do MSCI Global Standard Index, que retirou seis ações brasileiras de sua composição. A mudança, anunciada na última terça-feira (11) pela MSCI, entrará em vigor no fechamento do pregão de 28 de fevereiro.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o volume de serviços recuou 0,5% em dezembro frente a novembro e cresceu 2,4% na comparação anual. O mercado esperava alta de 0,1% no mês e de 3,5% no ano, segundo pesquisa da Reuters.
Analistas do Itaú BBA destacaram que o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo. O rompimento dos 127.400 pontos pode levar o índice a 130.900 e 137.469 pontos, enquanto o suporte inicial está em 124.700 pontos. Se perder 124.319 pontos, pode iniciar um movimento de realização de lucros.
Entre as poucas ações em alta, Carrefour Brasil avançava após o anúncio de que seu controlador pretende assumir o controle total da operação no país.
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