O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (12) que Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central (BC), ajustará a taxa básica de juros (Selic) mas destacou a necessidade de tempo para isso. Em entrevista à rádio Diário, de Macapá, Lula disse que Galípolo não poderia promover mudanças abruptas e que seu trabalho será decisivo para a economia.
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Lula atribuiu o atual patamar dos juros à gestão de Roberto Campos Neto, que comandou o Banco Central até o fim de 2024. Segundo ele, Campos Neto prejudicou a percepção dos investidores ao elevar a taxa Selic. Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Campos Neto foi substituído por Galípolo, nome escolhido por Lula.
O Comitê de Política Monetária (Copom), formado por nove diretores do BC, define a taxa de juros. Galípolo, que integrava o colegiado desde agosto de 2023 como diretor de Política Monetária, participou das decisões que encerraram o ciclo de queda dos juros em julho de 2024 e iniciaram a alta em setembro do mesmo ano.
Em janeiro, o Copom elevou a Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, e manteve a sinalização de um novo aumento na reunião de março. Na ata do encontro, o comitê citou a desancoragem das expectativas de inflação, o superaquecimento da economia e os impactos das políticas econômicas sobre o câmbio como fatores de risco.
O Boletim Focus, pesquisa do Banco Central com economistas, projeta que a Selic chegará a 15% ao ano até dezembro. Para 2026, a expectativa é de 12,5% ao ano.
*Com informações da Reuters
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