A meta da Missão 6 é elevar o domínio das tecnologias críticas para defesa de 42,7% em 2024 para 55% até 2026 e 75% até 2033. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
O governo federal apresentou na última quarta-feira (12) investimentos de R$ 112,9 bilhões para elevar o desenvolvimento da indústria de defesa e visa fortalecer tecnologias estratégicas, como lançadores de foguetes, radares e satélites. Do total, R$ 79,8 bilhões são recursos públicos e R$ 33,1 bilhões vêm do setor privado.
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Os projetos integram a Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), lançado há um ano. Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou que a indústria cresceu 3,1% em 2024, enquanto a indústria de transformação avançou 3,7%, o dobro da média mundial. As exportações do setor somaram US$ 189 bilhões no período.
Na área de defesa, o Brasil exportou US$ 1,8 bilhão em 2024, um aumento de 22% em relação a 2023. No ano anterior, o crescimento foi de 123% sobre 2022, alcançando US$ 1,5 bilhão.
Apenas para a Missão 6, R$ 42,1 bilhões já foram alocados em 2023 e 2024, e R$ 37,7 bilhões estão disponíveis até 2026. O PAC Defesa destina R$ 31,4 bilhões a projetos como o caça Gripen, o cargueiro KC-390, fragatas e submarinos.
Os investimentos privados somam R$ 33,1 bilhões, distribuídos entre os setores aeroespacial e defesa (R$ 23,7 bilhões), nuclear (R$ 8,6 bilhões) e segurança (R$ 787 milhões). A Embraer assinou acordos de financiamento de R$ 2,4 bilhões com o BNDES e a Finep, incluindo um contrato para fornecer até 16 aeronaves a uma companhia aérea dos EUA.
A Finep também financia projetos estratégicos, como o reator multipropósito brasileiro e o foguete para veículos hipersônicos. Já foram aplicados R$ 4,2 bilhões, com previsão de mais R$ 331 milhões.
A meta da Missão 6 é elevar o domínio das tecnologias críticas para defesa de 42,7% em 2024 para 55% até 2026 e 75% até 2033. O plano prioriza 39 projetos estratégicos de pesquisa e inovação para fortalecer a base industrial e ampliar as exportações de alta tecnologia.
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