De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume de investimentos financeiros realizados pelos brasileiros atingiu R$ 7,295 trilhões em dezembro de 2024, alta de 12,6% em relação ao mesmo mês de 2023. O crescimento foi impulsionado pelo segmento de alta renda, que avançou 15,4% e somou R$ 2,572 trilhões. O varejo tradicional teve alta de 13,6% e alcançou R$ 2,427 trilhões, enquanto o segmento private cresceu 8,7% e fechou o ano com R$ 2,296 trilhões.
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A renda fixa representou 59,2% dos investimentos e cresceu 18% no ano, de acordo com a Anbima, enquanto a previdência respondeu por 16,9% do total e avançou 18,3%. Já a renda variável teve participação de 13,6%, com alta de 1,3%. Os ativos híbridos, como fundos imobiliários, multimercados e ETFs, registraram queda de 5,8%, com investidores reduzindo suas posições em fundos multimercado.
Títulos e valores mobiliários foram a principal categoria entre os investimentos, com 46% do total, seguidos por fundos de investimento, previdência e poupança. Produtos isentos de imposto, como CRAs, CRIs e debêntures incentivadas, cresceram R$ 165,6 bilhões, alta de 15,5%. Os CRIs tiveram aumento de 36,4%, os CRAs subiram 27,3% e as debêntures incentivadas avançaram 20,5%. As LCAs e LCIs cresceram 13,3% e 12,7%, respectivamente.
Entre os títulos não isentos, as debêntures tradicionais registraram alta de 35,4%, os títulos públicos cresceram 21,3% e os CDBs avançaram 20,7%. As ações tiveram um aumento mais modesto, de 4,1%.
Para 2025, a Anbima prevê um cenário semelhante ao de 2024 para os investimentos, com os investidores priorizando segurança, rentabilidade e liquidez. A expectativa é de continuidade do crescimento dos produtos isentos de imposto de renda, mas com espaço para diversificação da carteira.
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