A produção de grãos no Brasil deve atingir 325,7 milhões de toneladas na safra 2024/25, crescimento de 9,4% em relação ao ciclo anterior. (Foto: Envato Elements)
A produção de grãos no Brasil deve atingir 325,7 milhões de toneladas na safra 2024/25, crescimento de 9,4% em relação ao ciclo anterior, segundo o 5º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O avanço indica a ampliação de 2,1% na área cultivada, totalizando 81,6 milhões de hectares, e a recuperação de 7,1% na produtividade média, estimada em 3.990 quilos por hectar. Caso as projeções se confirmem, será um recorde histórico.
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O governo federal destaca o impacto positivo da supersafra na oferta de alimentos no mercado interno. A produção de arroz deve alcançar 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% na comparação anual, enquanto o feijão pode chegar a 3,3 milhões de toneladas. O milho deve atingir 122 milhões de toneladas, crescimento de 5,5%, impulsionado pelo aumento da área plantada e pela melhora das condições climáticas em estados como Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso.
A soja segue como principal cultura, com projeção de 166 milhões de toneladas, alta de 12,4% frente à safra anterior. A colheita já começou em estados como Mato Grosso, Goiás, Paraná e Bahia. No Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, a estiagem reduziu a produtividade, mas o impacto foi compensado por bons resultados em outras regiões. O trigo, principal cultura de inverno, deve atingir 9,1 milhões de toneladas, com plantio iniciado a partir de abril no Paraná e em maio no Rio Grande do Sul.
O governo prevê que o crescimento da produção agrícola contribua para a estabilidade dos preços dos alimentos. A expectativa é que a maior oferta reduza os custos ao consumidor, sem necessidade de medidas de controle de preços. O Ministério da Agricultura estuda novos estímulos à produção, com destaque para o Plano Safra, voltado ao financiamento da atividade agropecuária.
O cenário positivo também deve fortalecer as exportações. A Conab estima que a colheita robusta garantirá o abastecimento interno e permitirá ao Brasil ampliar os embarques de arroz para 2 milhões de toneladas. O milho, que segue valorizado no mercado interno, e a soja, com projeção de exportação recorde de 105,4 milhões de toneladas, devem consolidar o país como um dos principais fornecedores globais de grãos.
A política de incentivo à agricultura familiar também está entre as prioridades do governo. Pequenos produtores, responsáveis por cerca de 70% dos alimentos consumidos no país, devem receber mais investimentos e acesso facilitado ao crédito rural, com foco no aumento da produtividade e na modernização das lavouras.
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