O ingresso brasileiro na Opep+ enfrenta críticas de setores que defendem maior protagonismo do país na produção de biocombustíveis. (Foto: Envato Elements)
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a entrada do Brasil no fórum consultivo que reúne membros e não-membros da Opep, a Carta de Cooperação entre Países Produtores de Petróleo (CoC), informou o Ministério de Minas e Energia (MME). Com isso, o país passa a integrar a Opep+, mas sem participar de decisões sobre cortes ou níveis de produção.
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Além da CoC, o CNPE considerou de interesse a participação brasileira na Agência Internacional de Energia (AIE) e na Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA). O Brasil já havia anunciado no fim de 2023 a intenção de ingressar no grupo.
O foro reúne ministros de energia e petróleo para debates técnicos regulares sobre mudanças climáticas, inovação tecnológica, estatísticas energéticas e projeções para o mercado global de óleo e gás. Segundo o MME, a adesão não interfere na soberania do Brasil sobre a exploração de seus recursos naturais.
Criada em 1960, a Opep define políticas comuns de produção entre seus membros, que incluem Arábia Saudita, Irã, Iraque, Venezuela e outros nove países. A Opep+ reúne ainda nações aliadas como Rússia, México, Cazaquistão e, agora, Brasil.
O ingresso brasileiro no grupo enfrenta críticas de setores que defendem maior protagonismo do país na produção de biocombustíveis. No entanto, o MME afirma que a decisão fortalece o diálogo internacional sobre petróleo e gás e pode contribuir para a agenda global de transição energética.
A pasta aponta que a participação permitirá ao Brasil discutir o uso de tecnologias limpas e buscar alternativas de financiamento para projetos de descarbonização. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, declarou que a adesão amplia o papel do Brasil nas transformações do setor energético e no debate global sobre energia.
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