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Dólar cai abaixo de R$ 5,70 com leilão do BC e alta das commodities

O dólar comercial fechou em queda na última terça-feira (18), cotado a R$ 5,689, após oscilações ao longo do dia. A desvalorização de 0,41% foi influenciada pelo leilão de US$ 3 bilhões do Banco Central (BC) e pela valorização das commodities, que atraiu fluxo de capital para o país. A moeda atingiu o menor nível desde 7 de novembro e acumula recuo de 7,93% em 2025.


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A cotação chegou a R$ 5,72 no fim da manhã, mas perdeu força após a intervenção do BC e o anúncio da emissão de US$ 2,5 bilhões em títulos do Tesouro Nacional no exterior. O governo obteve taxa de 6,75% ao ano, a maior em duas décadas, mas o spread de 2,2 pontos percentuais foi o menor desde 2019.

O Ibovespa teve leve variação, encerrando praticamente estável, aos 128.532 pontos, com queda de 0,02%. O índice chegou a subir 0,58% ao longo do dia, mas cedeu com a realização de lucros após três pregões em alta.

No mercado internacional, o dólar se valorizou frente à maioria das moedas, mas recuou ante o real e os pesos colombiano e mexicano. O cenário foi impulsionado pela alta das commodities, que fortaleceu moedas de países exportadores e estimulou a entrada de divisas no Brasil.

O leilão de linha realizado pelo BC foi a quarta intervenção cambial desde o início do ano, quando Gabriel Galípolo assumiu o comando da instituição. A operação retira dólares das reservas internacionais com o compromisso de recompra futura, reduzindo a volatilidade da moeda.

A combinação de leilão do BC e emissão de títulos do Tesouro no exterior ajudou a conter a pressão sobre o câmbio, enquanto o mercado acionário acompanhou o movimento de realização de lucros após altas consecutivas.

Dólar nesta quarta-feira (19)

O dólar à vista operava em leve alta nesta quarta-feira (19), cotado a R$ 5,6957 às 9h31, avanço de 0,12%. Na B3, o contrato futuro do dólar recuava 0,04%, a R$ 5,697.

Investidores acompanham as novas promessas tarifárias de Donald Trump, presidente dos EUA, que pretende impor tarifas de 25% sobre automóveis e taxas semelhantes sobre semicondutores e produtos farmacêuticos. Também aguardam a ata da última reunião do Federal Reserve, que pode indicar os próximos passos da política monetária.

Sem indicadores relevantes no Brasil, o foco do mercado segue voltado para o cenário externo, especialmente para o impacto das tarifas sobre o comércio global e para a trajetória dos juros nos EUA.

*Com informações da Reuters

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