Os contratos futuros de café arábica na bolsa ICE subiram na última quarta-feira (19), recuperando parte das perdas das sessões anteriores. O açúcar bruto atingiu o maior valor em dois meses, impulsionado por preocupações com a produção na Índia.
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O café arábica avançou 1,6%, para US$ 4,119 por libra-peso, após registrar uma mínima de uma semana e meia, na última terça-feira (18). A Cooxupé, maior exportadora de café do Brasil, prevê uma redução de 10% no volume recebido dos produtores em 2025, devido ao impacto do clima seco e quente no ano passado. O robusta subiu 0,4%, para US$ 5.746 a tonelada métrica.
Analistas indicam que o arábica deve se manter firme diante da expectativa de safra menor no Brasil em 2025/26. Além disso, o declínio dos estoques certificados pela ICE continua acelerando, com uma redução de mais de 130 mi. O Brasil deve enfrentar condições secas na próxima semana, elevando as preocupações sobre a produção.
O açúcar bruto subiu 0,8%, para 20,69 centavos de dólar por libra-peso, após atingir 20,77 centavos, o maior valor desde dezembro. A produção na Índia está abaixo do esperado, com usinas encerrando as operações antes do previsto. Estima-se que o país exporte apenas 700 mil toneladas nesta temporada, abaixo da cota de um milhão de toneladas. O açúcar branco avançou 1,1%, para US$ 547,60 por tonelada.
O Serviço Meteorológico Mundial alertou que a seca no centro-leste e nordeste do Brasil pode prejudicar a cana-de-açúcar, pressionando ainda mais os preços globais.
Os contratos futuros de cacau em Nova York caíram 0,9%, para US$ 10.400 a tonelada, após alta de 1,6% na terça-feira. Em Londres, o cacau fechou perto da estabilidade, a 8.176 libras por tonelada.
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