A Microsoft vê o chip como um passo essencial para tornar a computação quântica comercialmente viável e competitiva. (Foto: Divulgação/Microsoft)
A Microsoft apresentou o Majorana 1, primeiro chip de computação quântica da empresa, com potencial para processar dados além da capacidade dos computadores convencionais. O anúncio, feito nesta semana, revela avanços na construção de qubits mais estáveis, desafio central na computação quântica.
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Os qubits são a unidade básica de informação na computação quântica e funcionam de maneira diferente dos bits tradicionais, que armazenam dados como 0 ou 1. Com base nos princípios da mecânica quântica, os qubits podem estar em uma sobreposição de estados, o que permite processar múltiplas informações simultaneamente e resolver problemas complexos com mais eficiência.
O Majorana 1 pode acomodar até um milhão de qubits em uma estrutura semelhante em tamanho às CPUs tradicionais. Em vez de elétrons, a tecnologia utiliza partículas Majorana, descritas pelo físico Ettore Majorana em 1937. A abordagem busca reduzir erros e aumentar a confiabilidade dos qubits, problema enfrentado por empresas como IBM, Google e a própria Microsoft.
A empresa afirma ter criado “o primeiro fotocondutor do mundo”, um material capaz de controlar as partículas Majorana e formar qubits mais estáveis. Segundo o The Verge, a Microsoft desenvolveu um novo composto de arsenieto de índio e alumínio e integrou oito qubits topológicos no chip, etapa inicial para a futura escalabilidade.
Em artigo publicado na revista científica Nature, pesquisadores da empresa explicam o funcionamento do qubit topológico e seu potencial para a computação quântica. O objetivo é construir um computador quântico tolerante a falhas em anos, e não em décadas.
Com um milhão de qubits, o Majorana 1 poderia viabilizar simulações avançadas e impulsionar descobertas na ciência dos materiais e na medicina. A Microsoft vê o chip como um passo essencial para tornar a computação quântica comercialmente viável e competitiva.
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