A União Democrata Cristã (CDU) e sua aliada bávara, a União Social Cristã (CSU), conquistaram a maior bancada no Bundestag, o parlamento da Alemanha, nas eleições legislativas antecipadas do último domingo (23), segundo pesquisas de boca de urna. A aliança conservadora obteve cerca de 29% dos votos e busca formar uma coalizão para garantir a chancelaria a Friedrich Merz, substituindo Olaf Scholz.
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O Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler, caiu para a terceira posição, com 16% dos votos, registrando seu pior resultado em mais de um século. A Alternativa para a Alemanha (AfD) avançou e deve ocupar a segunda maior bancada, com 19,5%. Os Verdes aparecem com 13,5%, enquanto A Esquerda (Die Linke) obteve 8,5%.
A nova legenda populista de esquerda Aliança Sahra Wagenknecht (BSW) e o Partido Liberal Democrático (FDP) podem não alcançar o mínimo de 5% necessário para entrar no Bundestag, segundo projeções preliminares. O FDP deixou a coalizão de Scholz em novembro, levando à antecipação do pleito.
Mesmo com a vitória, a CDU/CSU não alcançou maioria absoluta nas 630 cadeiras do Parlamento e precisa negociar alianças. A governabilidade segue indefinida, e Scholz permanecerá interinamente no cargo até a definição da nova coalizão.
Merz descartou uma parceria com a AfD, o que reduz as opções para a formação do governo. Para garantir a maioria necessária, analistas apontam que o bloco conservador precisará atrair o SPD ou os Verdes.
A CDU/CSU recuperou terreno em relação a 2021, quando foi superada pelo SPD, mas ainda não atingiu os resultados obtidos sob a liderança de Angela Merkel. O partido cresceu cinco pontos percentuais desde a última eleição.
Na Alemanha, os eleitores votam nos partidos e em seus candidatos ao Parlamento, e o chanceler é escolhido pela coalizão que garantir a maioria. O resultado oficial deve confirmar o redesenho do cenário político alemão após a queda de popularidade do atual governo.
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