Segundo o Banco Central, a inflação acumulada deve continuar acima do limite da meta nos próximos seis meses. (Foto: Envato Elements)
A mediana do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 no Boletim Focus subiu de 5,60% para 5,65%, acima do teto da meta de 4,50%. Há um mês, a projeção para a inflação era de 5,50%. Entre as 105 previsões atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa avançou de 5,58% para 5,66%.
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A meta de inflação passou a ser medida de forma contínua, com base no acumulado em 12 meses. O centro da meta permanece em 3%, com margem de 1,5 ponto percentual. Se a inflação ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central (BC) considera que não cumpriu o objetivo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou que o cenário de curto prazo segue adverso, com alta nos preços de alimentos, impactados pela estiagem e pelo ciclo do boi. Bens industriais também sofrem pressão do câmbio. Segundo o Banco Central, a inflação acumulada deve continuar acima do limite da meta nos próximos seis meses.
A mediana do IPCA para 2026 subiu de 4,35% para 4,40%, mantendo tendência de alta pela nona semana. Há um mês, era de 4,22%. Entre as 102 projeções mais recentes, a estimativa variou de 4,23% para 4,36%. Para 2027, a mediana ficou estável em 4,0%, enquanto a projeção para 2028 caiu de 3,80% para 3,79%.
O Copom elevou a taxa Selic de 12,25% para 13,25% em janeiro e indicou novo aumento de 1 ponto percentual, para 14,25%, na reunião de março. O horizonte relevante da política monetária é o terceiro trimestre de 2026, quando o Banco Central projeta inflação de 4,0%. Para 2025, a estimativa é de 5,2%.
A mediana do Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15% pela sétima semana consecutiva. Entre as 90 projeções mais recentes, a estimativa também ficou estável. Para 2026, a taxa seguiu em 12,50% pela quarta semana seguida, com a mesma estabilidade nas 87 projeções mais atualizadas.
Para 2027, a mediana se manteve em 10,50%, contra 10,38% há quatro semanas. A projeção para 2028 permaneceu em 10% pela nona semana consecutiva.
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