Desde a posse em janeiro, o Bitcoin acumula queda de quase 20%, com investidores reagindo às tensões comerciais. (Foto: Envato Elements)
O Bitcoin recuou para menos de US$ 90 mil na última terça-feira (25), atingindo o menor nível desde novembro, à medida que investidores reavaliam o impacto das tarifas comerciais do presidente Donald Trump e de eventos negativos no setor de criptoativos. A criptomoeda caiu até 7,7%, para pouco mais de US$ 87 mil, antes de recuperar parte das perdas e ser negociada a US$ 88.100.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
Outras criptomoedas também registraram quedas. O Ethereum recuou mais de 10%, para US$ 2.395, enquanto XRP e Solana perderam mais de 12%. Nos mercados de derivativos, mais de US$ 1,34 bilhão em posições otimistas em cripto foram liquidadas em 24 horas, segundo dados da CoinGlass.
O movimento marca uma reversão no rali impulsionado pela eleição de Trump, que inicialmente fortaleceu o apetite por risco nos mercados cripto. Desde a posse em janeiro, o Bitcoin acumula queda de quase 20%, com investidores reagindo às tensões comerciais e às preocupações com a inflação.
O setor também enfrenta desafios internos. A exchange Bybit sofreu o maior hack da história das criptomoedas, com hackers roubando cerca de US$ 1,5 bilhão em Ethereum. Analistas apontam que os responsáveis já iniciaram a lavagem dos fundos, ampliando receios sobre segurança digital.
Outro fator de pressão vem das memecoins associadas ao presidente da Argentina, Javier Milei. O lançamento desses ativos gerou desconfiança no mercado, contribuindo para a piora do sentimento em relação às criptomoedas nas últimas semanas.
Os memecoins de Trump e sua esposa, Melania, também registraram forte desvalorização. O principal token ligado ao ex-presidente caiu mais de 80% desde seu pico inicial, de acordo com dados do CoinGecko, levantando dúvidas sobre a viabilidade das políticas pró-cripto da nova administração.
Combinados, os fatores macroeconômicos e setoriais explicam o desempenho inferior das criptomoedas em relação a outros investimentos de risco, como as ações de tecnologia.
Ibovespa cai 1,36% e entra em zona de risco com dólar a R$ 5,76
Investidores no Tesouro Direto atingem 3 milhões e batem recorde
